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      A partir das fotografias, as pessoas tinham acesso ao meu olhar sobre meu universo e, a partir das contribuições que aquelas pessoas traziam para as fotografias (em forma de perguntas, histórias suas, comentários) eu tinha acesso às suas visões de mundo. Era uma divertida troca de olhares.

      A estratégia cresceu e virou projeto. Contando sua primeira versão, totalmente improvisada, já são três “edições” do Intercambio de Miradas e a ideia é fazer muitas outras. O objetivo é conectar e trocar sensações, emoções, perguntas e histórias com quantas pessoas seja possível através de fotografias; deixar-se afetar pelo olhar do outro. É a criação de uma grande rede onde todos trocam olhares, mas é tudo muito mais que um flerte...

      O projeto Intercâmbio de Miradas, ou Troca de Olhares em brasileiro, antes mesmo de ter um nome, começou como uma estratégia de comunicação quando estive em Vigo (Galícia) pela primeira vez, em abril de 2016. Eu falava pouquíssimo espanhol e não me sentia à vontade para falar quando estava em grupos grandes. As ideias vinham, as palavras não; quando as palavras chegavam, o momento havia passado. Quanta frustração! Mas como tudo tem um lado bom, fiz um grande exercício de escuta (embora não tenha sido voluntário) e desenvolvi uma estratégia: passei a convidar uma ou duas pessoas de cada vez para tomar um café e sempre levava meu envelopinho de tecido com algumas fotos em tamanho 10x15cm comigo.

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